, Paulo Gurgel Valente recorda sua mãe, Clarice Lispector. IMS Clarice Lispector, 2014. Disponível em: https://site.claricelispector.ims.com.br/2014/12/09/paulo-gurgel-valente-recorda-sua-mae-clarice-lispector/. Acesso em: 05 dezembro 2025.
No dia 10 de dezembro, o Instituto Moreira Salles promove a quarta edição de Hora de Clarice, evento que registra o aniversário de Clarice Lispector (1920-1977).
Como parte da comemoração, o IMS produziu um vídeo-depoimento de Paulo Gurgel Valente, filho da escritora, que conversa com Eucanaã Ferraz e Elizama Almeida e relembra, por exemplo, as personalidades que frequentavam a sua casa e o primeiro livro que leu da mãe.
A tradicional livraria parisiense Shakespeare and Company expôs com destaque em suas prateleiras a versão para o inglês do livro Todos os contos, de Clarice Lispector.
Estudos sobre a obra clariciana continuam a ser desenvolvidos em universidades estrangeiras. Em 2017, foi realizado, na Universidade de Oxford, um amplo seminário sobre a autora
Escuridão é uma palavra oca e nunca se sabe bem o que cabe dentro dela. De tal forma suas dimensões são indeterminadas que talvez se possa dizer até mesmo que nela cabe tudo e não cabe nada, pois, sendo um imenso celeiro de paradoxos, ao vazio primordial que a caracteriza soma-se imediatamente a qualidade equívoca da desmedida. Atributos que, assim pactuados, ganham particular densidade quando lavrados pelas mãos da autora de A maçã no escuro.
A obra de Clarice Lispector gira em torno de duas noções: o símbolo e a coisa. A coisa, a física e o símbolo, a metafísica; a coisa, a imanência, e o símbolo a transcendência; a coisa, o corpo, e o símbolo, a linguagem; a coisa, a existência, e o símbolo, o dizer; a coisa o acontecimento, e o símbolo a forma de dar a ler a não-simbolizável coisa.
Como convite para o público adentrar o universo clariceano, que dialoga com a infância em seus textos voltados para o público adulto, a equipe de Educação do IMS Rio convidou Adélia Oliveira para ler um trecho do conto "Felicidade Clandestina", de Clarice Lispector. Tal universo é profícuo ao nos convidar a adentrar paisagens internas de suas personagens num trabalho peculiar e instigante com a linguagem.