, Caneta, papel e discos. IMS Clarice Lispector, 2014. Disponível em: https://site.claricelispector.ims.com.br/2014/07/22/caneta-papel-e-discos/. Acesso em: 13 dezembro 2025.
Ouvir música não é somente uma atividade prazerosa, mas quase necessária para aqueles cujo ofício é incorporar a palavra – mistura de som e silêncio – como forma de iluminar a existência. Nos arquivos de Clarice Lispector, Otto Lara Resende e Decio de Almeida Prado há diversos discos que nos ajudam a conhecer um pouco o gosto musical desses três escritores.
Clarice Lispector, por exemplo, foi explícita em relação ao que a música significava para ela. Em Água viva, confessa: “Vejo que nunca te disse como escuto música – apoio de leve a mão na eletrola e a mão vibra espraiando ondas pelo corpo todo: assim ouço a eletricidade da vibração, substrato último no domínio da realidade, e o mundo treme nas minhas mãos”.
Capas de discos de Clarice Lispector: à esquerda, St. Mattew Passion, de J. S. Bach, por Concertgebouw Orchestra of Amsterdam; à direita, The complete string quartets of Ludwig von Beethoven, por Budapest String Quartet. Arquivo Clarice Lispector / Acervo IMS.
À esquerda, Jeanne D’Arc au bucher, de Arthur Honegger, por The Philadelphia Orchestra; à direita, Othello, de W. Shakespeare, com Paul Robeson, José Ferrer, Uta Hagen e Edith King. Arquivo Clarice Lispector / Acervo IMS.
Ver também
por Mell Brites
Mais ou menos fantásticas em seus enredos, essas histórias infantis revelam narradoras que, despidas quase por completo da instância ficcional, em muito se assemelham à autora: são mães, escritoras, assinam “C.L.” ou até mesmo dizem se chamar Clarice. Assim, se há nessas narradoras uma postura horizontal em que se pressupõe o respeito às particularidades da infância, nesse mesmo movimento flagra-se também o desejo de se tornar um pouco mais criança.
por Equipe IMS
Neste vídeo, aproveitando sua passagem pelo Brasil, Elizama Almeida conversou com Claire Williams, professora da Universidade de Oxford e crítica da literatura de Clarice Lispector.
por Equipe IMS
Como convite para o público adentrar o universo clariceano, que dialoga com a infância em seus textos voltados para o público adulto, a equipe de Educação do IMS Rio convidou Adélia Oliveira para ler um trecho do conto "Felicidade Clandestina", de Clarice Lispector. Tal universo é profícuo ao nos convidar a adentrar paisagens internas de suas personagens num trabalho peculiar e instigante com a linguagem.
por Elizama Almeida
O concerto Outra hora da estrela teve direção de Eucanaã Ferraz, e performance de Jussara Silveira, Marcelo Costa, Muri Costa e Bebe Kramer. A narração foi de João Miguel
por Lilian Hack
A consistência destas imagens é aquela da árvore, matéria vegetal, a madeira sendo o suporte destas duas pinturas. Num dos quadros as linhas verticais visivelmente seguem os desenhos oferecidos pela madeira, e criam uma espacialidade flácida e dura ao mesmo tempo.
por Bruno Cosentino
A tradicional livraria parisiense Shakespeare and Company expôs com destaque em suas prateleiras a versão para o inglês do livro Todos os contos, de Clarice Lispector.