IMS, Equipe. "A mulher que matou os peixes". IMS Clarice Lispector, 2021. Disponível em: https://site.claricelispector.ims.com.br/2021/12/06/a-mulher-que-matou-os-peixes/. Acesso em: 19 novembro 2024.
Mariana Lima lê um trecho do livro A mulher que matou os peixes, de Clarice Lispector. O vídeo faz parte da edição 2021 da Hora de Clarice, uma celebração ao aniversário da escritora organizada pelo IMS: https://horadeclarice.ims.com.br
Dialogando com as temáticas e questões de sua literatura “adulta”, os livros infantis de Clarice Lispector valorizam a fruição estética e o respeito ao leitor criança com o qual a narradora dialoga constantemente. A literatura infantil de Clarice é um marco na produção do gênero no Brasil, no entanto ainda é desconhecida por muitos e estudada por poucos. Buscando lançar olhares adultos e infantis para essa produção, a equipe de Educação do IMS Rio chamou a atriz Mariana Lima para criar uma leitura dramática do livro “A mulher que matou os peixes”. O vídeo foi produzido para o curso “Infâncias em Clarice”, que ocorreu em novembro de 2021.
Mariana Lima é atriz e produtora brasileira. Entre importantes trabalhos na dramaturgia brasileira, idealizou e atuou na peça de teatro “A mulher que matou os peixes… e outros bichos”.
Clarice deixou vários rascunhos para cálculos de respostas fornecidas pelo I Ching. Algumas das perguntas estão rabiscadas, como “Qual é o meu futuro de um modo geral?”
Mais ou menos fantásticas em seus enredos, essas histórias infantis revelam narradoras que, despidas quase por completo da instância ficcional, em muito se assemelham à autora: são mães, escritoras, assinam “C.L.” ou até mesmo dizem se chamar Clarice. Assim, se há nessas narradoras uma postura horizontal em que se pressupõe o respeito às particularidades da infância, nesse mesmo movimento flagra-se também o desejo de se tornar um pouco mais criança.
Paulo Gurgel Valente, filho de Clarice, conversa com Eucanaã Ferraz e Elizama Almeida, e relembra, por exemplo, as personalidades que frequentavam a sua casa
Seria possível dizer de Clarice Lispector que sua finura lembra Virginia Woolf – que parece ser, realmente, a sua mais forte influência. Mas o que me surpreende e me encanta, principalmente...