, Outra hora da estrela - concerto. IMS Clarice Lispector, 2012. Disponível em: https://site.claricelispector.ims.com.br/2012/12/17/outra-hora-da-estrela-concerto/. Acesso em: 11 fevereiro 2025.
O IMS preparou uma apresentação musical baseada no livro A hora da estrela, realizada no dia 11 de dezembro, em comemoração ao evento Hora de Clarice.
O concerto, intitulado Outra hora da estrela, teve direção musical de Eucanaã Ferraz e contou com a performance de Jussara Silveira (cantora), Marcelo Costa (percussão), Muri Costa (violão) e Bebe Kramer (acordeon). A narração foi de João Miguel no papel de Rodrigo S.M. Clique aqui para assistir à apresentação.
A palavra “infamiliar” é um neologismo que Clarice Lispector utilizou em vários momentos de sua obra. O vocábulo não está dicionarizado na língua portuguesa e não se pode afirmar que a autora seja a primeira a criá-lo na literatura brasileira. No entanto, ao mencionar a palavra “infamiliar” ao menos dezesseis vezes, seja nos romances, seja em contos e crônicas, a autora faz desse significante singular um objeto de maior atenção.
A obra de Clarice Lispector gira em torno de duas noções: o símbolo e a coisa. A coisa, a física e o símbolo, a metafísica; a coisa, a imanência, e o símbolo a transcendência; a coisa, o corpo, e o símbolo, a linguagem; a coisa, a existência, e o símbolo, o dizer; a coisa o acontecimento, e o símbolo a forma de dar a ler a não-simbolizável coisa.
Como convite para o público adentrar o universo clariceano, que dialoga com a infância em seus textos voltados para o público adulto, a equipe de Educação do IMS Rio convidou Adélia Oliveira para ler um trecho do conto "Felicidade Clandestina", de Clarice Lispector. Tal universo é profícuo ao nos convidar a adentrar paisagens internas de suas personagens num trabalho peculiar e instigante com a linguagem.
É final de 1943. Sai por uma editora de parca relevância cultural, A Noite, o inusitado Perto do coração selvagem, livro de uma autora de 22 anos incompletos, ex-funcionária da casa.