, 40 anos de A hora da estrela. IMS Clarice Lispector, 2017. Disponível em: https://site.claricelispector.ims.com.br/2017/02/15/40-anos-de-a-hora-da-estrela/. Acesso em: 22 janeiro 2025.
Um dos títulos mais traduzidos de Clarice Lispector, A hora da estrela completará 40 anos desde seu lançamento em outubro de 1977 pela José Olympio.
A editora Rocco, que assumiu a republicação das obras claricianas a partir de 1998, prepara um volume especial para comemorar a efeméride. Com previsão de chegada às livrarias em maio, a publicação, de capa dura, trará seis ensaios assinados por estudiosos da autora, dentre os quais Nádia Gotlib, Eduardo Portella, Colm Tóibín, Hélène Cixous e Paloma Vidal.
De roupa nova, o livro terá ainda um caderno extra com reprodução fac-similar dos manuscritos da novela. Parte desses manuscritos, sob a guarda do IMS desde 2004, foi digitalizada e pode ser acessada aqui.
Além dos originais de A hora da estrela, o Acervo Clarice Lispector, inteiramente catalogado e disponível para pesquisa presencial, é formado pelos manuscritos dos romances Um sopro de vida e Água viva, correspondência familiar, duas telas pintadas pela autora, discos, fotografias, negativos e biblioteca pessoal com cerca de mil itens entre livros e periódicos.
O crítico José Castello vai ministrar novas aulas do Grupo Clarice, dedicado à leitura e estudos da obra de Clarice Lispector. Entre os romances discutidos estão...
Clarice deixou vários rascunhos para cálculos de respostas fornecidas pelo I Ching. Algumas das perguntas estão rabiscadas, como “Qual é o meu futuro de um modo geral?”
Clarice Lispector será homenageada no estande do Brasil na 44ª Feira Internacional do Livro de Buenos Aires, que acontecerá entre os dias 24 de abril e 14 de maio.
[...] por toda a obra de Clarice se manifesta uma deslumbrada – quase primordial, inaugural, edênica – visão do gênero, da divisão homem-mulher. Nota-se um fascínio assustado de haver no mundo um homem-macho-animal, como lemos por exemplo no conto “O búfalo”, e também nesse outro conto sobre a masculinidade fantásmica e monstruosa que é “O jantar”.
A palavra “infamiliar” é um neologismo que Clarice Lispector utilizou em vários momentos de sua obra. O vocábulo não está dicionarizado na língua portuguesa e não se pode afirmar que a autora seja a primeira a criá-lo na literatura brasileira. No entanto, ao mencionar a palavra “infamiliar” ao menos dezesseis vezes, seja nos romances, seja em contos e crônicas, a autora faz desse significante singular um objeto de maior atenção.
Passei um fim de semana inesquecível em Cabo Frio, hospedada por Scliar, que pintou dois retratos meus. O sobrado de Scliar é uma beleza mesmo. Cabo Frio inspira Scliar. Perguntei-lhe sobre tanta criatividade.